Autor/aIaralice Lemos Ramos

Nasceu em São Borja Rs, mora em Porto Alegre. Graduada em letras pela Faculdade Porto alegrense . Pós graduada em literatura universal Poeta ,artista plástica, escritora. Sócia Efetiva da Sociedade Partenon Literário. Coletâneas literária feira do livro 2022 e 2023 Alpas21 e Capolat (Casa de Cultura Latino American Medalha com o poema A luz do escritor Homenagem a poeta na camara dos Vereadores pela Capolat. Medalha Mérito cultural com a poesia A luz do Escritor, pela CAPOLAT. Casa do poeta latino Americano Participação com poesias nos evento Florada Artística na livrararia Cirkula Porto Alegre. Medalhas em artes plásticas:Tela em acrilicoTango em Porto Alegre, tela homenagem aos 250 anos de Porto Alegre, tela em homenagem a Mário Quintana, exposição na Casa da cultura Mário Quntana. Exposição pública na praça Encol , Porto Alegre. Grupos : Amantes da literatura, Épikus, estudos da escrita e literária Casamunde, estudos literários Partenom literário grupo poético Encontros literários, palestras e debates. Autora do livro Rufinho e seu amigo Chicão, em lançamento na feira do livro de Porto Alegre 2023.

Trajetória feminina

T

Iaralice Lemos Ramos

Vá menina!
Solte tuas tranças,
Guarde tua criança.
Vá! solte os laços
Que te prendem
E vá em frente

Vá, moça , olhe pra frente;
a vida lá fora te espera...
Vai te mostrar grandes centros
Ruas e até vielas,
Em caminhos amargos e de pedras
Vais aprender a andar.

No lugar do chinelo calce
sapato mais belo que te embale um doce andar,
Aprenda se equilibrar,
Que no mundo, luz e sombra a vida vai te mostrar.
Mas não esqueça, menina, podes
Descer do salto na hora que precisar.
Vá menina!
Tire os brinquedos da bolsa,
Coloque ali, documentos, saberes e alguns certificados atraentes
Que a sociedade dos número sempre vai te cobrar.

Haa! Não esqueça o batom
Que pode ser o vermemelho
Ou a cor que desejar,.
.
Levante sua cabeça
Olhe o mundo de frente,
Dê as mãos à camaleoa
Que podes se transformar.

Mas não me tome distância,
Que o mundo fácil te alcança
E a imagem criança
Me deixa na esperaça dessa mulher
eu encontrar.

Vó preta

V

Iaralice Lemos Ramos

Olhas que quem veio me ver!
Vovó preta,
Vem se achegando

Puxa o banco, senta
Conta um conto
Daqueles
Que conta da nossa gente
Que conta do nosso povo.

Conta vó preta, conta
Daqueles que vieram na frente
Da escolha dos senhores
Pelas canelas e dentes.
conta
Do nosso povo
Da música referência.
Conta mais uma vez pra eles não equecerem
da ident- idade que foi dada por perdida, porém jamais esquecida no trajeto
Do dorer,

Canta vó preta
Agora canta
A cantoria que habita
Na tua sabedoria
Do batuque no tambor
Que conta da trajetórias
Que causou tamanha dor

Vem, vem , sempre, vovó!
Benzer a tua gente
Contra a resiliência,
Reforço na resistência
E a na fé nos orixas.

E quando partires deixa
o teu unguento rezado
Batismo da tua raça
Pra adiante o teu legado levar.

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