
Elroucian Motta
Sou substrato, sou dúvida,
Sou um soneto de Neruda.
Sou quase tudo, quase engano, Quasímodo e shakespeariano.
E no vale da alma
Em que a noite se esquece
Do dia que se pôs
Sigo meu caminho
À luz do que não se conhece,
À sombra do que se foi.