¡ Mundo Mundo!

¡

Pedro Rivera Jaro

Traduzido ao português por Sílvia C.S.P. Martinson

Havia uma família em Las Rozas del Puerto Real que tinha um cachorro chamado Mundo.

Naqueles dias haviam realizado a matança de porcos, criados durante o ano e cevados com castanhas e bolotas, tão saborosas e que existem em seus montes.

Foram elaborados chouriços e morcelas curados nas cordas e varas que se conservavam na cozinha e consumidos durante todo ano juntamente com presuntos, paletas, lombo de toucinho, cara e orelhas e lombos curtidos igualmente.

Se utilizava para curtir estas peças além do sal, pimenta de Vera, alhos das Pedroñeras e a erva chamada orégano que se cria nas ladeiras dos montes que tem uma qualidade extraordinária e serve para a conservação das carnes.

Aconteceu que uns dias depois o pai da família enfermou e morreu repentinamente.

Naquela época se costumava velar os mortos, pelos familiares e amigos em sua própria casa, durante vinte e quatro horas, até o dia seguinte quando se procedia enterrar o cadáver.

Mundo, o cachorro, levava todo dia sem comer por conta do esquecimento de sua dona. E estando esfomeado subiu em uma mesa e alcançou uma réstia de chouriços e os levou à boca cruzando a sala do velório onde a dona da casa dando gritos lastimosos começou a dizer: “Ah! Mundo, Mundo, como os estas levando! E dos melhores!”

O cômico destas frases está em que a mulher se referia aos embutidos que havia roubado o esfaimado animal e em troca os assistentes ao velório acreditavam que a mesma se referia às pessoas que iam falecendo no correr do tempo.

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Pedro Rivera Jaro

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