Silvia C.S.P. Martinson
chora a alma do poeta
o Olé do amor perdido,
que no picadeiro da vida
caminhou em outro sentido.
E nas cordas gemendo
dedilha a dor da alma,
no “ pasodoble” das horas
a falta da mulher amada.
Para ela, que não retorna,
chora a dolente canção
dele que, espera
e jamais a alcança.
E na tourada do tempo
perde o homem a espada
e ao beijo, carinho não dado,
ganha a morte, da sorte,
a carta mal lançada.
As cordas num acorde
pungente choram,
pela última vez, agora.