Andrajos de Pátria

A

Silvia C.S.P. Martinson

Nos grilhões
da tirania,
da desonra,
não vibra meu povo
nem clama,
nem grita.
No ostracismo da vontade,
no império da força,
na imprensa muda,
vende-se o homem
e seus ideais maiores
jazem na terra batida,
sem marcas,
sem lágrimas,
rendidos ao tacão
da bota cruel.
Arrasta-se o povo, meu povo sedento
de paz e de amor,
impelido aos extremos
sem armas, sem pão
e sem fé.
Não vibra meu povo,
Não há esperanças.
Não ouve a voz
do jovem protesto
que se eleva da turba
e nela se afoga
ao grito maior
da granada e do algoz.
O mártir não convence
e é injuriado.
O bom se corrompe
e mau se faz.
Potentado à custa
da Pátria oprimida.
Meu povo onde estás?
Teu grito é agora,
necessário se faz!
E nós outros queremos,
somente, únicamente,
a Paz

Sobre el autor/a

Silvia Cristina Preissler Martinson

Nasceu em Porto Alegre, é advogada e reside atualmente no El Campello (Alicante, Espanha). Já publicou suas poesias em coletâneas: VOZES DO PARTENON LITERÁRIO lV (Editora Revolução Cultural Porto Alegre, 2012), publicação oficial da Sociedade Partenon Literário, associação a que pertence, em ESCRITOS IV, publicação oficial da Academia de Letras de Porto Alegre em parceria com o Clube Literário Jardim Ipiranga (coletânea) que reúne diversos autores; Escritos IV ( Edicões Caravela Porto Alegre, 2011); Escritos 5 (Editora IPSDP, 2013) y en español Versos en el Aire (Editora Diversidad Literaria, 2022)
Participou de concursos nacionais de contos, bem como do GRUPO DE ARTISTAS E ESCRITORES DO GUARUJA — SP, onde teve seus poemas publicados na coletânea ARAUTOS DO ATLANTICO em encontros Culturais do Guarujá.

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