Silvia C.S.P. Martinson
da tirania,
da desonra,
não vibra meu povo
nem clama,
nem grita.
No ostracismo da vontade,
no império da força,
na imprensa muda,
vende-se o homem
e seus ideais maiores
jazem na terra batida,
sem marcas,
sem lágrimas,
rendidos ao tacão
da bota cruel.
Arrasta-se o povo, meu povo sedento
de paz e de amor,
impelido aos extremos
sem armas, sem pão
e sem fé.
Não vibra meu povo,
Não há esperanças.
Não ouve a voz
do jovem protesto
que se eleva da turba
e nela se afoga
ao grito maior
da granada e do algoz.
O mártir não convence
e é injuriado.
O bom se corrompe
e mau se faz.
Potentado à custa
da Pátria oprimida.
Meu povo onde estás?
Teu grito é agora,
necessário se faz!
E nós outros queremos,
somente, únicamente,
a Paz